quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Que os indecisos se decidam

A religião é um assunto bastante complicado e bem difícil de se debater por ser considerado um dogma bastante antigo, existem pessoas indecisas sobre esse assunto, outros acabam se fechando a apenas aquela religião que estão acostumados a conviver.

Mas digo uma coisa, não condene e não feche a mente para novas idéias, venho nesse post mostrar um pequeno guia sobre três grandes religiões: Cristianismo, Islamismo e Budismo. Se tiverem indecisos espero que isso ajude a decidir qual fé seguir  por que é sempre bom acreditar em algo.

•Crenças
O cristianismo é uma religião que prega principalmente o amor mútuo entre um ser superior: onipresente, onipotente e onisciente e suas criações: nós os humanos. É uma religião monoteísta que inicialmente era uma ceita judaica e com outros ideais e idéias se separou completamente se expandindo por todo ocidente mediterrâneo.

O amor cristão e a fé está lapidada em três partes, o pai( o criador), o filho (os humanos) e o espírito santo (elo que liga os dois).
Os cristão tem como líder carismático Jesus Cristo, filho que Deus que veio a terra para lavar os pecados da humanidade. Ele veio a terra através de um milagre, morreu humilhado na cruz, ressuscitou e voltou para perto de Deus.

Jesus pregava a salvação suprema onde se você vivesse como um bom samaritano, respeitando os princípios cristãos e elevando-se através de orações sinceras, ganharia vida eterna no reino dos céus ao lado de Jesus e de seu pai.

A vida após a morte é bem ressaltada no cristianismo, se você vivesse como devia iria ressuscitar e ter vida eterna, para assim se libertar do medo da morte que no tempo era muito grande.
O budismo é uma religião sem um deus no centro do universo e sim a força da natureza, é baseada mais na filosofia onde o crente pode se tornar um monje ou uma monja através da prática de hábitos, crenças e práticas baseadas nos ensinamentos de buda.

A base dos ensinamentos de buda e da própria natureza atuam sobre três tesouros muito conhecidos entre os budistas, são eles: Buda, o próprio mestre que os ensina o conhecimento; Dharma, leis e ensinamentos da natureza e Sangha, a comunidade e seus semelhantes. Cada tesouro deve ser tratado como o próprio e muito valorizado.
O budismo tem alguns conceitos que também pode se dizer que foram baseados em leis da física, como o Carma pode ser comparado com a 3° lei de Newton. O Carma funciona igual o seguinte ditado: "Nós iremos colher o que estamos plantando nesse instante", se você praticar ações ruins, será recompensado com coisas ruins e se praticar coisas boas será recompensando com coisas  melhores, esse é o conceito de Carma.Mais detalhado, o Carma pode ser considerado a resposta da natureza por nossos atos, e se for ruim dificilmente pode ser perdoado.

Os budistas acreditam em uma espécie de renascimento, sobrepondo uma existência a outra criando assim uma reencarnação.
O islamismo assim como o cristianismo é uma religião monoteísta onde o seu deus (Alah para os islamistas) é um ser supremo, único e sem igual que criou tudo e mandou vários messias e o último é conhecido como Maomé o líder carismático do Islamismo.

Deus falou diretamente pelo livro sagrado conhecido como alcorão que é nada mais nada menos que a palavra de deus.Deus deve ser louvado e somente ele deve ser louvado, já que é sem igual e único, ele criou anjos que a partir da própria luz obedecem e também louvam o senhor Alah.
Os mulçumanos( religião abrangente do Islamismo) acreditam que deus queria revelar a verdade e a salvação aos humanos pela forma de escrituras sagradas prometidas aos profetas, um dele era Jesus, criando assim uma ligação bastante visível entre as duas religiões. A união de todos essas escrituras criou o alcorão.Também à grande semelhança sobre o dia do julgamento islâmico e cristão, havendo um paraíso e um Inferno.

"Não deve fechar os olhos e achar que tudo ficará bem por si mesmo, se esforce e tenta fazer o que tanto pede, eles não fazem o que podemos fazer"

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Sobre o que?

Essa é uma série de histórias de terror que eu comecei a escrever faz um tempo, acontece em uma cidade isolada em todos os lados por um bosque, 7 pessoas irão viver coisas estranhas e assustadoras, suas vidas estão ligadas por algo,mas, o que?

Tudo que precisamos saber é que o medo se esconde naquele lugarzinho estranho onde as coisas acontecem despercebidas. Contarei agora a história de algumas pessoas de “lá”, que sabem muito ou muito pouco, que conseguiram ou não, que estão “lá” ou aqui…

Primeiro sonho

Todos os dias acontecia as mesmas coisas nessa cidade atrasada, nada novo, sempre as mesmas coisas ridículas, Sara não gostava disso. Ela achava toda essa monotonia uma coisa que não pertencia a ela, mas, nada preocupante para uma garota de 13 anos que morava com a mãe solteira, onde estaria seu pai agora? Ela sempre imaginava ele em uma cidade grande, frequentando os melhores e mais chiques lugares que ela talvez nunca visitaria, não estando presa a uma cidade tão caipira.

Sua mãe trabalhava durante a tarde e Sara aproveitava esse tempo para estudar e fazer coisas que garotas faziam de vez enquando, como falar sobre garotos com suas amigas, elas pelo menos diziam ser suas amigas. Sua casa era bem simples, tinha 3 quartos, 2 banheiros, a cozinha ficava próximo ao quintal e tinha uma grande sala de estar onde ela conversava com suas amigas, antes para ela aquilo era considerado legal, mas, tudo agora era simplesmente chatisse e mais chatisse.

Sara frequentava um colégio público a poucas quadras de sua casa, hollowfield era a menor cidade do mundo pra ela, às vezes ela achava que o mundo tinha simplesmente deletado aquela cidade do mapa, mas não, ela estava lá pequena e tranquila Hollowfield.

-oi Sara. Diz bianca uma garota pálida e de cabelos branco que raramente falava com alguém.

- Oi. Respondeu Sara ajeitando o óculos nos olhos com o dedo indicador. A garota pálida estava sentada à sua frente tentando resolver uma questão de álgebra que pelo visto estava parecendo muito difícil para ela.

- Você poderia me ajudar com isso? Diz a garota tímida.

- Claro, sem problemas. Sara deu um sorriso e novamente levantou o óculos no rosto. Ela era a melhor aluna da classe, se sentia superior aos outros, por que ela precisava ficar alí? - Basta fatorar esse número e depois usar Baskara pra descobrir as duas raízes da função. Ela adorava responder questões difíceis, isso a deixava mais cheia de si, seu ego ficaria as alturas. A garota pálida agradeceu, se virou e focou sua atenção novamente para a aula de álgebra.

A inteligência de Sara era invejável por todos, e atraía a atenção de alguns garotos, mas, ela não precisa disso agora, tudo que ela precisava era sair daquela cidade, não conviver mais com tantos caipiras.

Chegando em casa sua mãe estava sentada em uma cadeira na porta tomando uma xícara de chá verde, o que era costume para elas, se ela chegasse e sua mãe estivesse tomando chá é por que ela havia se atrasado já que o normal seria as duas tomarem chá juntas.

-Oi minha princesinha. Sua mãe a recebeu com um sorriso no rosto.

-Oi mãe, a senhora poderia me chamar só de princesa já que não sou mais tão pequena assim. Ela notou algumas olheiras em sua mãe, mas, nada preocupante já que as duas eram muito vaidosas.

-Hum, minha princesinha ta crescendo, seu chá está encima da mesa de jantar. Sua mãe já se preparava para ir ao emprego em uma loja de cosméticos em uma cidade vizinha alí do lado à uns poucos quilômetros de Hollowfield. Os empregos em Hollowfield estavam bem difíceis por causa do tamanho da cidade e do desenvolvimento industrial e Sara sabia disso.

Sua mãe sai sempre ás 14:00 e volta às 18:00 quando anoitece. Sara prepara a janta e sua mãe faz o almoço, ela gosta de achar que faz, mas ela só faz esquentar o que sua mãe deixa na geladeira. Ela adorava ficar só em casa pois conseguia se concentrar perfeitamente em seus estudos e aproveitava todo segundo de tempo sozinha em casa, pelo menos alí tinha smartphone e ela poderia se comunicar com suas amigas enquanto estava só pela tarde e nunca se sentia totalmente sozinha.

Ela estudou história, sociologia o que adorava profundamente, ela amava descobrir como a sociedade funcionava e como poderiam resolver problemas de forma simples apenas estudando os fatores.

Ela também estudou matemática, não que ela precisasse melhorar já que era a melhor aluna da sala. 17:30 ela ia na geladeira, procurava qualquer coisa comestível e jogava no microondas, depois de poucos segundos aquilo estaria com um cheiro ótimo , ela iria comer e deixar para sua mãe quando ela chegasse. Ela escuta alguém batendo na porta e corre para ver, era sua mãe e então ela abre a porta e a deixa entrar. As duas comem juntas, assistem TV juntas e dormem cedo por que é um costume das duas principalmente de Sara já que ela estuda pela manhã.

-Boa noite minha princesinha, mamãe te ama muitão. Sara dormia com sua mãe na cama de casal, a muito tempo ela não dorme no próprio quarto, mas ela gosta de ficar próxima a mãe dela, assim ela se sente mais protegida, mais segura.

-Boa noite mãe, também te amo muitão. Ela beijou a testa de sua mãe e fechou os olhos para dormir.

Sara sempre acordava de madrugada para beber água ou beliscar alguma coisa da geladeira sem sua mãe perceber por que se ela visse, ela faria Sara escovar os dentes e ela não queria Escobar os dentes por comer um farelo. Ela se levantou do colchão silenciosamente e caminhou na ponta dos pés até a porta do quarto, sua mãe sempre deixava a luz da sala de estar ligadas para iluminar tudo sem precisar deixar outras luzes ligadas gastando energia. O quarto dava em um corredor com as três portas dos quartos, a sala de estar e a cozinha no final, estava tudo iluminado e ela caminhou sem medo até o final do corredor, lá e estava a grande geladeira preta com duas portas. Ela abriu pegou a primeira jarra que viu pela frente e bebeu no gargalo mesmo, colocou a jarra de volta na geladeira e voltou pelo corredor até a porta do quarto, deitou e se entregou ao sono profundo. Sonhou com um grande prêmio que ganhou da feira de ciências na escola. Algo a uma incomodava, sua mãe a havia despertado no meio da noite com uma cara assustada e perguntou:

-Você escutou alguma coisa? Eu tinha acordado e escutei um barulho que acho que veio da cozinha.

-Mãe, acho que não é nada, vamos dormir. Sara estava com muito sono, antes dela fechar os olhos ela viu sua mãe fechar a porta do quarto com a chave e apagou.

No outro dia ela acordou 06:40, o horário que ela acordava sempre para ir ao colégio, levantou, primeiro foi para a cozinha e percebeu que tinha um copo quebrado no chão.

-Então descobrimos o que fez aquele barulho todo ontem a noite.

Sara juntou os cacos com uma pá e uma vassoura que ficavam em um canto na cozinha e foi tomar um banho.

O dia no colégio foi igual aos outros, ela sempre se dava bem e percebia que várias pessoas não gostavam dela, até alguns professores demonstravam isso, mas ela se importava? Claro que não!

Ela chegou em casa e sua mãe ainda estava preparando o chá, então sabia que havia chegado na hora certa, ajudou sua mãe com os pratos e as duas foram tomar chá sentadas em cadeiras.

-Sabe o barulho que a senhora ouviu ontem a noite? Um copo quebrou de alguma forma e hoje pela manhã eu juntei e joguei fora.

-Hum, mas o barulho que ouvi não foi de vidro quebrando, foi outra coisa. Sua mãe parecia pensar em algo.

-Como assim? A senhora ta tentando me deixar com medo é?

-Não minha princesa, só que o barulho que eu ouvi não foi de vidro quebrando, na verdade, eu nem lembro que barulho era mesmo.

-Ah sim, deve ser a idade hehehe. Sara tomou um gole de chá e riu um pouco.

-Tudo bem sua engraçadinha. Sua mãe também riu. Um garoto que Sara conhecia passou em frente a sua casa deu um oi e um sorriso.

-É o Marco, ele estuda comigo. Diz Sara séria.

-Hum, ele é bem bonitinho.

-É… Sara falou como se não quisesse continuar a conversa, sua mãe percebeu e não insistiu. Estava quase na hora de sua mãe sair para trabalhar e Sara precisava fazer suas tarefas da escola. Com o chá acabado, as duas colocaram as xícaras encima da mesa, a mãe de Sara foi banhar e ela ficou comendo uns biscoitos que ficavam dentro de um pote verde ao lado do microondas.

Sara ligou a televisão, sentou no sofá e começou a assistir um episódio de The Criminal Minds, ela sempre descobria quem era o assassino antes do episódio acabar. Ser detetive seria legal, então passou a se imaginar investigando um caso verdadeiro, ela não tinha medo de muita coisa, mas, aranhas eram seus próprios pesadelos. Sua mãe tinha que detetizar a casa uma vez por mês para ter certeza que nenhum desses bixos pudessem assustar Sara. Sua mãe já estava saindo de casa, ela se despediu e voltou a assistir TV.

Mais um episódio de sua série favorita, mas, dessa vez ela havia errado o assassino

-Como assim? Diz ela para si mesma. - Como assim? Ela tentava não acreditar que havia errado uma coisa tão simples. Nessa altura ela já estava deitada no sofá aproveitando a tarde e pulando de canal em canal buscando algo legal para assistir. Então Sara escuta um barulho na cozinha, parecia com um chiado, a princípio ela não percebe, mas, depois de abaixar o volume da televisão ela escuta, se levanta e caminha pelo corredor que a levaria até a cozinha. A porta do quarto de sua mãe estava aberta, coisa estranha já que sempre antes de sair sua mãe fecha a porta do quarto, ela continuou caminhando para a cozinha, estava descalça e deixou a TV ligada em um programa de culinária e dalí dava para ouvir os ingredientes da receita. Em Hollowfield sempre tudo era silencioso, mas, aquele dia parecia silencioso de mais para ela. Chegando à cozinha ela procura o que estava fazendo aquele barulho, mas, não encontrou nada, e de repente o barulho parou subitamente junto com o barulho da TV do outro lado do corredor, nada preocupante para ela. Sara olhou atrás da geladeira e não viu nada, abriu a porta do quintal e também não tinha nada alí além de um muro à 4 metros dalí e uma árvore que parecia estar morrendo. Um gato preto surge encima do muro, caminha vagarosamente até o meio e deita meio que desengonçado, seu rabo balançava como uma cobra cega, subindo e descendo.

Sara fechou a porta do quintal e voltou para a cozinha, no primeiro passo que ela deu, acabou pisando em alguma coisa pontiaguda o que a fez gritar e resmungar. Quando ela olhou o pé percebeu que era um caco de vidro com uns 4 centímetros e que havia entrado totalmente no seu pé. O sangue estava saindo livremente do ferimento. Sara procurou uma pinça na caixa de coisas diversas, era assim que ela chamava uma caixa que ficava no quarto de sua mãe que tinha desde algodão à agulhas, pulseiras, brincos entre várias outras coisas. Ela encontrou depois de uns 5 minutos de busca, pegou álcool e uma bola de algodão, primeiro ela tentou tirar o vidro já que um pouco da ponta ainda estava pra fora. Depois de várias tentativas ela conseguiu depois bastou limpar o ferimento com álcool e colocar um curativo encima.

Ainda doía, mas já estava resolvido, ela acabou deixando o caco de vidro ensanguentado na coixa de coisas diversas por acidente então ela nem sequer percebeu. Ela imaginou se o caco pertencia àquele copo que foi quebrado na noite anterior. Sara voltou para a sala e percebeu que a TV estava desligada

-Fui eu quem desligou a televisão? Disse para si mesma, ficou meio sem entender.

Ela ligou a TV novamente, deitou no sofá e voltou a assistir programas aleatórios sempre mudando de canais. Sara estava entediada como sempre, a tarde estava passando e ela ainda não tinha feito suas tarefas da escola, ela não precisava fazer, estava a frente até dos professores. Depois de machucar os pés ela ficou com mais preguiça do que o normal. Acho que por esse motivo ela acabou pegando no sono.

Ela acordou abatida, cansada e tudo já estava escuro como a noite. Primeiro se perguntou por quanto tempo dormiu, depois onde estaria sua mãe, sempre que Sara dormia a tarde sua mãe a acordava com alguma brincadeira que ela gostava. Olhou a hora no seu celular e viu que eram 19:30 , tinham várias mensagens e ligações perdidas na caixa de mensagens do celular, uma era de sua mãe e dizia:

“ Filha, ocorreu um imprevisto e vou chegar um pouco tarde em casa hoje, eu deixei uma torta de carne na geladeira embaixo dos ovos”

Sara não tinha se preocupado ainda, ligou as luzes da sala e do quarto de sua mãe e percebeu que a TV estava desligada de novo, mesmo ela não tendo feito nada ou dormido encima do controle, ela começou a achar aquilo estranho.

-A TV está com problemas. Diz ela tentando não se preocupar com o fato de estar de noite e ela estar sozinha em casa. Sara sentiu um pouco de fome e lembrou da torta que sua mãe havia deixado na geladeira, e foi direto para a cozinha. Chegando lá, ela ascende a lâmpada e percebe que a porta do quintal está entre aberta, mas, ela tinha certeza que tinha fechado aquela porta, e lá encima do muro estava aquele gato sentsdo com os olhos brilhando na escuridão e com sua calda que parecia ter vida própria. Aquela árvore no quintal era assustadora, parecia coisa de filme de terror, mas, ela não se assustou com isso.

Então ela pegou a torta e pôs no microondas, 5 minutos depois o cheiro a deixava com água na boca, pegou um prato no armário de pratos e colocou a torta. Ela estava saindo da cozinha, quando virou as costas, escutou o barulho do interruptor atrás dela e a luz da cozinha apagou misteriosamente.

A eletricidade dessa casa tem estado estranha ultimamente. Ela virou novamente, voltou a cozinha, ligou a lâmpada e viu uma coisa que a chocou. A porta da cozinha estava aberta novamente e a escuridão tomava tudo lá fora exceto pelos olhos verdes do gato cintilando encima do muro, parecia estar s encarando.

-Eu Fechei essa porta, não foi? Agora ela sentia uma pontada de medo dentro de si. Como uma agulha de gelo entrando em sua pele, ela novamente fechou a porta da cozinha e se afastou assustada, mas , antes dela sair da cozinha o interruptor fez “clic” de novo, jogando a cozinha na escuridão e mostrando apenas o corredor iluminado do outro lado. Sara não pensou duas vezes, correu esquecendo o prato com a torta encima da mesa, naquele momento aquilo não importava, correu em direção ao corredor iluminado e ouviu o “clic” de novo.

Ela estava virada de costas para a cozinha quando a lâmpada ascendeu mais uma vez, ela não aguentou e olhou em direção a cozinha ainda muito assustada. Não tinha nada lá e a porta do quintal ainda estava fechada. Novamente a lampada apagou mas dessa vez sem o “clic” do interruptor, a cozinha agora era pura escuridão. No escuro o único barulho que ela escutou foi a porta rangendo e abrindo lentamente, o suor frio escorria por seu rosto e ela não conseguia parar de tremer, seus olhos estavam vidrados naquela escuridão assustadora. Ela criou coragem e perguntou tremendo e gaguejando:

-Tem alguém aí? A voz dela saiu trêmula e assustada, o silêncio tomava conta do lugar exceto pelo barulho da TV no fim do corredor, ela não piscou um segundo enquando encarava as trevas à sua frente. Ela ficou esperando algo acontecer, depois de algum tempo, ela ouviu a porta novamente, e uma voz que ela não  conhecia dizer:

-Não tem ninguém aqui! Como um sussurro fantasmagórico uma voz vem da cozinha, logo em seguida ela escuta um sorriso longínquo.

Um mar de gelo caiu sobre ela, as pernas fraquejaram, estava paralisada olhando para a escuridão com os olhos vidrados, então escutou um sorriso baixinho que mais parecia um grunhido. Ela juntou toda a coragem que havia restado e começou a se mover lentamente para trás sem nunca tirar o olho da cozinha, sem piscar. Um passo de cada vez ela foi lentamente para o primeiro quarto que achou pela frente entrou e fechou a porta. Seu coração estava a cem por hora, estava sentindo muito frio e alí ficou difícil de respirar.

O quarto em que ela estava escondida era o quarto de hóspedes que nunca ninguém usou antes, não tinha muita coisa, apenas uma cama de casal, um criado-mudo, um pequeno guarda-roupas e um banheiro. Sara caiu em lágrimas tentando entender o que estava acontecendo, ela sabia que não sairia daquele quarto por nada.

Toda a razão que ela estudara durante sua vida tinha acabado de desaparecer, na mente dela só tinha o terror e medo.

As lágrimas jorravam de seus olhos como se não pudessem parar nunca, Sara nunca tinha sentido tanto medo quanto estava sentindo agora e estava trancada em um quarto enquanto alguma coisa ou alguém andava pela sua casa e ria sussurrando. Ela sentiu a urina preencher o chão do quarto onde ela estava, não tinha como segurar, seu corpo todo era uma pilha de pedras de gelo que derretiam aos poucos. Ela tentava fazer o menor ruído possível, mas, seu coração a entregava com batidas que pareciam tambores.

 Ela também sabia que esse pânico e medo não iriam tira ela daquela casa a salvo, ela tinha que parar e pensar, se acalmar e pensar mais um pouco. Mas sua cabeça estava sempre voltada para aquela voz que respondeu uma pergunta que ninguém gostaria que fosse respondida em uma situação dessas. Ela tinha trancado a porta do quintal e aquela coisa abriu em poucos segundos, porque a porta do quarto ainda estava fechada e intacta? Eram muitas coisas para a cabeça de uma criança de treze anos, ela estava perdida, paralisada, mortificada.

-Se acalme Sara, tente pensar, você sempre foi a melhor de todos. Sua voz saiu patética mesmo assim ela se surpreendeu por ter conseguido falar. O frio era algo inabalável que cercava todo o seu corpo e pela primeira vez a sabichona da Sara não sabia o que fazer. Então ela percebeu que era apenas uma criança indefesa igual a todas as outras, que precisavam de suas mães pra tudo.

As coisas lá fora haviam ficado bem mais calmas, ela não ouve um sorriso a uns minutos. Cem por cento de seu corpo quer ficar alí parada até sua mãe voltar, mas, ela não ficaria esperando a porta abrir vagarosamente revelando alguma coisa que ela não queria ver. Seu celular estava no braço do sofá junto com as chaves da porta, seu pé ainda doía, mas, o pânico era um ótimo anestésico para ela. Ela então fez um plano que incluia correr pelo corredor até a sala pegar o celular e a chave rapidamente e fugir daquele lugar o mais rápido possível. Não dependia de coragem agora, se tratava de sangue frio, pois Sara tinha medo de duas coisas, aranhas e do desconhecido.

Ela procurou no quarto de hóspedes qualquer coisa que poderia servir como uma arma, não que ela usar, mas, é sempre bom se preparar. Uma perna de cadeira quebrada foi a arma mais útil que ela achou, era isso ou era um alicate.

Empunhou sua “arma” e se preparou para pôr o plano em prática, estava em frente a porta do quarto preparada para virar a maçaneta e correr com todas as energias do corpo. Quando ela foi girar a maçaneta, alvo a impediu, ela não girava pro lado que abria, uma voz masculina do outro lado da porta disse:

-Você quer sair Sara? A coisa quase cuspiu a última palavra como se estivesse com nojo de tocar nesse nome. Sara simplesmente parou, morreu por alguns segundos e então tentou novamente abrir a porta, mas algo do outro lado a impedia de girar a maçaneta. E novamente a voz ria baixinho como se estivesse grunhindo ou imitando o choro de um cachorro.

-O que você quer comigo? Disse Sara com toda a coragem que lhe sobrou. A coisa não respondeu, ela simplesmente riu mais alto e soltou a maçaneta, a sombra que dava para ver embaixo da porta havia sumido. Sara pensava duas vezes se abriria a porta ou não.

Ela sentou no chão com as costas apoiada na porta, sua não cobria o rosto que estava vermelho de tanto chorar e o óculos já estava no chão sem utilidade. A porta era de madeira maciça de carvalho negro, mas ela jurou ver aquilo se contorcer e formar uma protuberância que foi aumentando de tamanho. Aquele monte de madeira escura estava se mechendo, como se fosse algo maleável e alguém precionasse com o rosto, ela levantou e ficou de frente para a porta querendo ver o que era aquilo. Aquilo foi crescendo e crescendo como se quisesse sair da porta de madeira, então ganhou o formato de uma cabeça e  Sara começou a ver os primeiros traços de um rosto humano, parecia com o de uma pessoa bem magra e sem cabelo. Ela tentou se controlar, mas o grito saiu espontaneamente, e o rosto na porta pareceu se assustar também e a encarou, depois mostrou um sorriso que cobria quase todo o rosto. Uma mão saiu da porta da mesma forma do rosto daquela criatura, não era algo que Sara conhecia, não era algo desse mundo. Parecia procurar o rosto de Sara com movimentos rápidos, tateando o chão e o ar. Sara se afastou rapidamente arrastando-se pelo chão frio do quarto de hóspedes, o rosto e a mão que haviam brotado daquela porta ainda estavam lá, até que o rosto girou de cabeça para baixo ,foi voltando e se nivelou novamente com a porta, o braço fez a mesma coisa, aquilo voltou a ser uma porta normal de novo. A essa altura Sara soluçava desesperadamente com os olhos arregalados e focados na porta, tentando acreditar no que acabara de ver.

Ela sabia que aquela coisa estava brincando com ela, igual como quando um gato brinca com sua presa antes de devora-la. Ela estava encurralada alí, só esperando a coisa voltar e… Ela não gostava de pensar nesse ir, o problema era sair daquele lugar. Sara gritou por socorro e esperou, já havia perdido a conta de quanto tempo estava naquele quarto presa por algo desconhecido. Sua “arma” não teve nem chance de ser usada, o pânico havia se tornado comum hoje para ela. Sua cabeça doía, e estava com fome, a lembrança de quando estava sentada no sofá tranquilamente assistindo suas séries pareciam tão distantes do pesadelo em que ela vivia nesse momento, a tensão foi tão grande que ela acabou apagando.

-Sara? Ei acorda. Uma voz feminina e agradável soava em sua cabeça, Sara abriu os olhos assustada e viu sua mãe.

-Um sonho? Diz Sara enxugando as lágrimas de seu rosto ainda muito frio.

-Você devia estar muito cansada para dormir no chão desse quarto empoeirado. A voz de sua mãe era tão gentil que a fez cair em lágrimas de novo.

-Por que a senhora não chegou antes? Sara abraçou sua mãe e baixou a cabeça chorando. - Eu senti medo, muito medo.

-Tudo já passou minha princesinha. Sara se sentou no sofá imaginando se aquilo realmente tinha sido um sonho ou não, de qualquer forma, ela ainda tremia por pensar em tudo que havia acontecido nessa noite. Ela foi para a sala e sentou no sofá enquanto sua mãe estava no banheiro, pegou seu celular que horas atrás havia deixado aí no sofá. Apenas uma coisa a instigou, as chaves de casa estavam ao lado do celular, estranho pois sua mãe não tinha as chaves para entrar em casa. Uma mensagem de Bianca havia acabado de chegar em seu celular, dizia assim:

     “ Sara, a mãe do Marco disse que ele sofreu um acidente e faleceu essa tarde”. Sara estava perdida, o garoto que ela e sua mãe viram essa tarde estava morto agora, ela falou:

-Mãe, não tem aquele garoto que a gente viu hoje a tarde na hora do chá? Sara perguntou olhando para o corredor e percebeu que a lâmpada da cozinha estava desligada.

-O Marco que você disse? A voz vinha do banheiro, no corredor dava para ver apenas a sombra de sua mãe. Sara queria olhar para ela antes de dar a notícia. -Ele está morto? Perguntou sua mãe com a voz vazia.

-Sim, mas, como a senhora sabia? Diz Sara se aproximando do banheiro e ela percebe que a sombra de sua mãe estava parada.

-Porque fui em quem matou ele. A voz dela tinha se transformado por completo e não era mais suave, era uma voz masculina e grossa. A sombra que antes era de uma mulher, agora tinha uns 2 metros de altura e parecia ter braços e pernas longos e finos, os dedos eram algo que pareciam ter vontade própria, era longos e com unhas que pareciam facas ou agulhas.

Mais uma onda de gelo passou pelo corpo da garota que agora estava em pânico total, não pensou duas vezes antes de correr para a sala. No caminho de lá ela colocou o celular no bolso, chegando na sala , ela pegou as chaves e começou a tentar abrir a porta, o que foi difícil por que ela tremia de mais, ela não queria olhar para trás, não queria, mas desejava, a curiosidade era algo inevitável. Ela em continuou tentando abrir, então escutou o primeiro barulho não humano vindo do corredor, ela então se virou na direção do banheiro. A sombra havia desaparecido, mas, metade de um rosto sem expressão a observava fora da porta do banheiro. Ela se virou e desesperadamente tentou abrir a porta, até que a chave virou junto com a maçaneta e ela já estava saindo pela porta quando algo frio segurou sua mão, um calafrio percorreu todo seu corpo e ela foi forçada a olhar de novo para trás. A criatura sem expressão estava abaixada na sua frente, olhando para baixo e segurando sua mão, a criatura não tinha nenhum pelo no corpo, não tinha orelhas e nem a divisão entre os dedos.

-Você já quer ir embora Sara? A criatura disse isso novamente cuspindo a última palavra, e levantando lentamente a cabeça até revelar um rosto com apenas os traços do rosto de um humano, seu olhos pareciam feitos da mesma pelpele de seu corpo, sem íris, pupila ou qualquer coisa de um olho de uma pessoa normal, tinha o relevo e o formato de um nariz mas não tinha o buraco das narinas, a boca estava tampada por pele mas ainda sim os sons saíam. Ela gritou, mas, gritar não adiantaria de nada, então deu o primeiro soco na criatura, mas ela era fraca para fazer qualquer coisa, a frieza da mãe da criatura queimava a de Sara, então ela usou a mão livre para fazer a criatura soltar. Gritando e colocando toda sua força naquilo ela finalmente conseguiu se libertar do sem rosto com sucesso. Ela correu na mesma hora para fora de casa, passou pela varanda e chegou a calçada, mas, não parou, correu para o meio da rua e era noite, de longe ela viu o farol de um carro. Ela só pode observar duas antes do carro a atingir, um gato prete que parecia triste de um lado da rua e do outro sua casa e um rosto sorridente na janela lateral.

Dragões X Wyverns

Algumas pessoas sempre se perguntam qual a diferença entre um Dragão e um Wivern, eu mesmo sempre confundia essas duas criaturas míticas, mas, depois desse post aposto que vocês não irão mais se confundir.

Primeiro os Dragões, ah esses sim são criaturas de dar medo desde sempre, são conhecidos por ter grande sabedoria e poderem pensar tão bem quanto os humanos, também conhecidos por seu tamanho descomunal e monstruoso. Eram muito temidos na idade média onde suas lendas corriam soltas por toda a europa, mas, não só lá que essas criaturas reptilianas aladas ganharam fama, na China eram retratadas como serpentes abençoadas com asas que ganharam o céu por passarem toda a sua vida se arrastando no solo e por terem feito uma coisa boa. Os dragões na mitologia nórdica eram criaturas responsáveis pela destruição e pelo fim de tudo, monstros capazes de tornar tudo em cinzas com uma simples baforada, eram muito temidos em expedições marinhas, o mais temido era conhecido como papa-mundo ou Alduin o deus nórdico da destruição, era tão grande e monstruoso que conseguia devorar vilas ou montanhas inteiras em uma única mordida.

Agora os Wyverns, seu nome tem a definição de serpe, serpentes com duas patas traseiras e nas dianteiras se encontravam as enormes asas, são menores que os dragões  e mais fracos em força e em espírito, diferente dos dragões, os Wyverns não pensam e nem são dotados de grande sabedoria, pelo contrário, são considerados criaturas desprezíveis e mais selvagens que atacam quando ameaçadas ou quando invadem seu território, tem menos escamas que os dragões e eram quase serpentes aladas e mais pareciam uma ave por seus membros dianteiros estarem unidos a suas asas e andarem com apenas duas patas.

Ambas as criaturas são híbridos voadores de serpentes ou lagartos, os dragões são conhecidos também como lagartos gigantes e alguns possuíam um tesouro bastante valioso muito cobiçado por aventureiros e heróis, os Wyverns se deixam levar por seu instinto selvagem protegendo território e sua cria.

Dragões e Wyverns, os dois tem tanto em comum quanto diferente, se elevaram a ponto de conseguir asas, conseguir o céu! Familiar?

Trouxe uma foto de cada criatura, fica pra você identifica-los...